Manuel Jorge, ex-Ciclista do Futebol Clube do Porto

Ex-ciclista do F.C. do Porto. Nascido em 1945, depressa mostrei um enorme interesse pela ciclismo e em especial pelo Futebol Clube do Porto, clube da minha vida.

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domingo, maio 08, 2016

Onde tudo começou...


E lá foi no longínquo ano de 1961, onde tudo começou com uma simples corrida popular de bicicletas na freguesia de Delães onde, com uma bicicleta alugada, e como tantos outros sem possibilidades, mas com muitos sonhos por cumprir que tudo começou... (3º ciclista da da direita para a esquerda). 



Nessa corrida o interesse despertou...e rapidamente um reconhecimento de uma capacidade inata levou-me para o clube do Vila das Aves e posteriormente para o Futebol Clube do Porto, e daí até a minha participação na 29ª Volta a Portugal, após um conjunto de triunfos, que garantiram a minha ascensão à Equipa profissional do F.C. Porto, clube do meu coração.


Vitória em corrida do Campeonato Nacional de Amadores com a camisola do Futebol Clube do Porto em 1965.

Manuel Jorge Ciclista



                        Campeonato Nacional de 1965 - Fundo, Amadores - 1º classificado


                    Campeonato Nacional de 1965 - Rampa, Amadores - 1º classificado




Campeonato Nacional de 1965 - Perseguição, Amadores - 1º classificado




                            Jogos Luso-Brasileiros 1966, ciclismo - 1º classificado






O registo jornalistico da época sinalizava a minha subida à equipa principal do FC Porto para participar na 29ª volta a Portugal.  


Manuel Jorge Ciclista



Nessa caminhada, os treinos começavam quase sempre desde Delães na deslocação de bicicleta até ao Porto e daí, sim, a partir do estádio das Antas e na companhia dos companheiros, em que foi publicada esta foto da Equipa. 

Manuel Jorge Ciclista


Tudo decorria bem, até ao acidente que sofri no decurso do Porto-Lisboa e que me provocou uma fractura craniana e me colocou entre os dois mundos.



Nesta queda em que acabo por sair da estrada, em que mais alguns companheiros desta clássica também cairam, caí desamparado e de cabeça junto a um pequeno ribeiro. Levado para o Hospital de Águeda de urgência, acabei por ser salvo pelo saudoso médico José Barreiro de Magalhães, que pela sua rápida e persistente intervenção no diagnostico me conduziu para a sala de operações para tratamento e inserção de uma placa craneana que ainda hoje continua lá....

Salvo pelos médicos, esta queda iria ser o principio do fim da minha carreira de ciclista profissional no FC Porto, com a posterior mobilização para serviço militar e destacamento para a Guiné-Bissau, na então colónia portuguesa do Ultramar durante quase 3 anos.








Grande Prémio Robbialac

VI Grande Prémio Robbialac 

Recordo com nostalgia a minha vitória no Grande Prémio Robbialac em 1966 na minha carreira de triunfos na categoria de amadores.
O Grande Prémio Robbialac era uma das clássicas de Portugal do Ciclismo Amador e Profissional em que inúmeras associações e clubes participavam. 
A VI edição do Grande Prémio decorreu em Abril de 1966 tendo nesta edição cerca de 1600Km de distância, repartidas por 11 etapas, com um contra-relógio individual.
As etapas e distâncias percorridas eram as mesmas, quer nas categorias de amadores e profissionais.
Recordemos que a atual Volta à Portugal tem a mesma distância que o então Grande Prémio Robbialac.
Nesta VI edição a Equipa do Sporting dominou a prova, em que consegui uma vitória na primeira etapa. 




Estes recortes foram conseguidos graças ao excelente trabalho de conservação dos jornais da época, "O Primeiro de Janeiro", que foi durante decadas um jornal de referencia no jornalismo nacional e agora cujo arquivo é mantido pela Câmara Municipal da Maia, nos seus arquivos e para consulta pública. 
Um excelente exemplo da preservação da memória coletiva.



Os tempos de chegada nao eram muito distantes em várias etapas, como se comprova nesta etapa, em que Américo Silva, então também na categoria de amador, acabou mesmo por ser o primeiro a chegar no final da etapa com uma média horária, que na época era excelente.



Com o decorrer do tempo fui ganhando mais confiança e comecei mesmo a acreditar na vitória final, tal como este pequeno extracto da entrevista ao jornal Primeiro de Janeiro.






Finalmente, e com enorme sacrificio a vitória em amadores que veio abrir a porta para entrada na Equipa principal profissional do F. C. Porto liderada pelos treinadores Onofre Tavares, figura memorável do ciclismo nacional como sprinter e Emídio Pinto, outra figura memorável que ficou na história do ciclismo como a "velha raposa", com uma vida inteira de sucessos dedicada ao ciclismo.






sexta-feira, maio 07, 2010

E depois do ciclismo, veio o destacamento para a Guine-Bissau, no Batalhão 1914 Tite

A minha ida para a Guiné-Bissau iria colocar um ponto final na minha carreira enquanto profissional de ciclismo. 

Aqui coloco aqui mais algumas fotos retiradas do meu baú de memórias.

Nesta foto a apreciar um jogo de futebol com o Costa e o Alcobaça em Tite no "relvado" do Quartel....




Bons tempos passei na Cidade de Bissau. Que saudades daquelas cervejas e camarões...



Aqui a posar para enviar uma foto bonita à família....




O Costa, o Carvalho e outros companheiros de quem me falha a memória nas imediações do Quartel....



Desejo a Todos uma óptima viagem até Penafiel...

terça-feira, maio 04, 2010

Guiné-Bissau, Tite - Reencontro em Penafiel

No próximo fim de semana irei reencontrar companheiros desta aventura que me apoiaram e ajudaram a ultrapassar esta caminhada que muitos, infelizmente, não a conseguiram terminar para regressar são e salvos à nossa Pátria. Para todos os nosso Heróis, o nosso respeito e memória